Bocaina construirá 10 casas populares a custo zero para mutuários.

Hoje pela manhã, a Prefeitura e 10 famílias com renda de até um salário mínimo assinaram convênio com a Caixa Econômica Federal para construção de 10 casas populares com recursos do FGTS a fundo perdido e do município; apenas Bocaina e Ubirajara entre 95 cidades da região de Bauru conseguiram implantar esse programa do Governo Federal.
O prefeito de Bocaina, João Francisco Bertoncello Danieletto, o Kiko Danieletto (PV), o superintendente regional de Bauru da Caixa Econômica Federal (CAIXA), José Paulo Gomes de Amorim, e 10 famílias carentes do município assinaram hoje pela manhã, no gabinete do Executivo, convênio inédito na região para construção de 10 casas populares a custo zero para mutuários, isto é, eles não terão prestação mensal para pagar.           
Denominado “Sonho Meu” pela prefeitura, o programa da CAIXA em parceria com a Prefeitura, garantiu R$ 7 mil para cada família selecionada pela Diretoria de Desenvolvimento Social do município.           
Os recursos da CAIXA vieram do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a fundo perdido; é parcela mínima do rendimento do FGTS.             Entre 95 cidades da região de Bauru, apenas Bocaina e Ubirajara (com 2 casas) foram beneficiadas por esse programa do Governo Federal, de acordo com Gomes de Amorim.           
“Os recursos para Bocaina foram aprovados pelo Conselho Curador do FGTS. É a Caixa quem libera o pagamento para os fornecedores de acordo com acompanhamento da construção. Foi uma benção para famílias carentes do município, um dos raros do país que receberam esse tipo de recurso”, comenta o superintendente regional de Bauru da CAIXA.           
O prefeito Kiko Danieletto disse que trabalhou bastante para conseguir esses recursos da CAIX a custo zero para o mutuário e o dinheiro da Prefeitura – também a custo zero -  para beneficiar as 10 famílias mais carentes do município.           
“O sonho da casa própria é de todo brasileiro. Estamos garantindo a custo zero para as famílias carentes uma casa para morar, com blocos de um tipo de isopor,  laje, placa de energia solar e calçada ecológica”, afirma Kiko Danieletto.              
Sonho Meu Ecológico              
O programa beneficiou apenas famílias que ganham até um salário mínimo. Cada residência terá 36,65 metros quadrados (o terreno de cada casa é de 135 m2). Já foi comprado e localiza-se no bairro Nova Bocaina I.         
As casas terão placas de energia solar e calçadas ecológicas. A obra será feita em mutirão.           
As casas serão construídas com blocos de “Poliestireno Expandido”- sigla E.P.S – (tipo de isopor)  um subproduto da indústria petrolífera, que substitui o tijolo de argila, e que já é utilizado nos Estados Unidos e Europa.
O E.P.S. foi usado com enorme sucesso na construção da nova escola municipal “Maristela Marta Moretto”, em Bocaina.
O bloco de Poliestireno Expandido é material anti-incêndios, acústico (não permite a propagação do som) e protege os ambientes de oscilações de temperatura.
Os blocos do produto são preenchidos por ferro e concreto bastante sólidos e sua construção é muito rápida.
Casa Própria              
A Prefeitura investiu R$ 85 mil, com aquisição do terreno, e previsão de gasto com material de construção e ajudará, com seus pedreiros, na orientação da obra.              
O prazo para conclusão das casas é de quatro meses. Após isso, as famílias receberão a escritura definitiva de sua residência. Agora a prefeitura deve abrir licitação para aquisição do material de construção.Famílias extravasam felicidade por realizar o “Sonho da Casa Própria”              
Empregada doméstica, de Pintada, na Bahia, e moradora há 7 anos em Bocaina, Valmirete Pereira de Jesus, 27 anos, foi uma das selecionadas para o programa “Sonho Meu”, da CAIXA e Prefeitura do município.           
Solteira, com uma filha de 5 anos,  e com renda de um salário mínimo, Valmirete diz que é “coisa maravilhosa de Deus” sair do aluguel e ganhar de graça uma casa própria.
“Agora minha vida vai se transformar muito por não ter mais que pagar aluguel e nem mensalidade da casa, como seria se fosse da CDHU”, comemora emocionada ela, que paga aluguel na rua Cerqueira César, 861, Vila Mariana, em Bocaina.            
Outra nova mutuaria que esbanjava felicidade foi a faxineira Elisangela Campanhola Hortencio dos Santos, solteira, com quatro filhos – o mais velho com 7 anos de idade – que mora na rua Braz Megale, 463, também na Vila Mariana.            
“Chorei quando não consegui as casinhas da CDHU que vão ser construídas aqui. Agora chorei novamente por ter conseguido um pedaço de chão para morar e cuidar de meus filhos”, disse Elisangela dos Santos.            
Já a doméstica Alexandra Marreiro da Conceição, 37 anos, demonstrava tensão até assinar o contrato do convênio com a CAIXA e a Prefeitura da casa popular. Mas com a assinatura, Conceição – que tem 6 filhos e ganha salário mínimo - ficou emocionada e também chorou.          
“Estou muito feliz. Achei que nunca iria conseguir uma casa. Se não é o prefeito Kiko estar do lado da gente, eu não teria acreditado nesse sonho. Agora posso oferecer uma vida um pouquinho melhor para meus filhos”, disse ela.             
A doméstica Maria de Fátima Serafim, de 54 anos, também disse que a casa própria é um sonho seu de muitos anos. Morando com um dos seus quatro filhos, Serafim paga aluguel na rua Braz  Megale, 463, perto do centro da cidade.           
“Não vou mais gastar dinheiro com aluguel e nem prestação. Vou pedir ajuda de amigos para erguer minha casinha e cuidar de meu filho”, comenta ela.